Maldade Divina

27 de set. de 2008

Tua Nudez


“Tua nudez”

Meus olhos em devaneios...
Rasgam a bruma que envolve tua nudez.
Não! Não são delírios meus! Vejo-te, você não é uma fantasia.
Pelo portal, vejo-te explicitamente nua.
Tão formosa e sedutora que, meus olhos se encheram de desejos...
Ouço o eco dos teus lábios entreabertos rindo em gargalhadas sarcásticas dos meus olhos refletidos na tua nudez poética.
Rindo, pois, minhas mãos levadas ao vento adejam por dentro da névoa ao encontro dos seios teus.
Rindo da minha boca, que, ansiosa pela sede do desejo, busca na tua boca linda e sedutora, roubar um casto beijo teu.
Subitamente teus braços se abriram, envolvendo-me em aconchegos no teu corpo formoso de pele aveludada.
Tive medo, mas, exausto como ave peregrina, procurei abrigo nos teus seios nus.
Com um olhar piedoso, vejo agora teu riso sussurrante, harmônico como uma harpa, a penetrar em minh`alma dizendo em delírio: aninha-te, vamos amar juntos prazeres divinais.
Teus beijos levam-me a dédalos infinitos, enquanto a bruma densa dissipa-se para o firmamento. Dissipa envergonhada pela volúpia da nudez dos teus beijos, meretriz.

Irismar Andrade Santiago
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