Maldade Divina

23 de nov. de 2012

Meus Tropeços



Meus Tropeços
Tropeçando a cada passo, aqui acolá!
Vagueio despojado de tudo.
Até onde o vento me levar!
Vagueio num silêncio que dilacera meu peito.
Vagueio esvaído como pássaros noturnos!
Vagueio perdido pela quietação da noite escura.
Vagueio em busca de lenitivo pra minh´alma!
Vagueio para libertar-me dos grilhões.
Vagueio porque, minh´alma quer plainar liberta por todo infinito!
E, como viageiro, vagueio por trilhas inacabadas.
Vagueio até encontrar estradas floridas.
A mercê dos meus desejos, vagueio!
Vagueio não importa o lugar, que seja aqui, ou, acolá!

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

7 de jun. de 2012

Felicidade Mútua

Felicidade mútua
Só a tua sensualidade, a tua presença, faz sorrir meu coração magoado, despedaçado.
Só o aconchego do teu corpo traz calor à minh`alma.
E no teu colo adormeço sussurrando palavras insanas, fantasiado o amor...
Flutuando em névoas luminosas, o sonho do meu desejo...
Sentido o perfume dos teus pomos fartos, nus, sedutores.
Depois tu te entregas por inteira, me fazendo perder a razão de tanto desejo.
Um desejo profano, desobediente, sem ampulheta, sem pressa.
Sem pressa para te amar, para sentir teu calor, teu sabor, sentir teu corpo sem queixumes.
Sentir-te como uma felina atada a mim, excedendo teus delírios.
Cravando as unhas as minhas costas em busca da felicidade.
Porque o resíduo de ti é pó, é terra, é solo fértil.
É fonte renovada, é só adubo para alimentar minha vida.
Pois, somos à felicidade mútua.
Irismar Andrade Santiago

10 de mai. de 2012

Porque Choro

Porque choro...
Por quê?
Só agora lembraste de mim?
Quando nem sequer disseste adeus!
Deixando-me, preso ao cárcere de tua formosura.
Como um tronco que não tem ramos,
de uma paisagem decrépita sem rouxinóis.
Tu não entenderás que teu débil coração e tuas palavras turvas são como morder uma raiz amarga?
Que, tua lembrança me leva a ver-te desnuda entre névoas de maus sonhos.
E que,
minh`alma chora uma saudade que dói junto á minha ferida aberta.
Tu não entenderás que só tu podes curar esta ferida de uma morte viva?
Que só tu podes converter meus prantos,
minha sepultura.

17 de fev. de 2012

Maldade Divina




“Maldade Divina”

Na minha quietude, sinto meu coração em pedaços.
Acorrentado, desassossegado pela tua maldade.
Nas minhas noites de insônias sinto o teu perfume me enlouquecer.
E, em sôfregos soluços, sussurro silenciosamente teu nome.
Solitário entre brumas.
Vejo-te nua!
Despojada sem nenhum pudor.
Nua na mais pura cobiça, mostrando toda tua rebeldia de mulher.
E, na magia espontânea dos movimentos da tua nudez, sinto arrepios.
Arrepios ao ver teus cabelos esvoaçantes na direção dos ventos.
Como um animal indefeso ao relento, fêz-me teu cativo.
E, neste cativeiro, sinto-me amordaçado e preso às correntes da tua crueldade.
Pois, só os meus olhos exploram teu divino corpo.
Na minha fragilidade, apenas escuto o teu gargalhar ao martírio do meu karma.
Na minha mudez atordoante, sinto sangrando em mim as feridas da tua loucura.
E, refém de ti.
Sinto a dor e o prazer da tua maldade.
Ainda assim...
Amo-te!
Pois, tu és, uma maldade divina!

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

25 de jan. de 2012

Como te esquecer



Como te esquecer!?

E, te esquecer por quê?
Se eu gosto de sonhar contigo...
Se a lembrança de ti é bálsamo prá minh`alma.
Se teu perfume está impregnado no ar que eu respiro.
Esquecer-te por quê?
Se te sinto aqui, sutilmente perto de mim.
Se o som que escuto é tua voz melodiosa exclamando palavras de amor...
Esquecer-te por quê?
Se a cada notícia tua, meu coração transborda de alegria.
Se é o teu sorriso que eu vejo ao despertar-me.
Esquecer-te por quê?
Se não esqueço os teus beijos levando-me à loucura.
Esquecer-te por quê?
Se tua disciplina e prudência refreiam a minha impetuosidade.
Minha Princesa querida!
Nem por um segundo vou te esquecer, não se esquece um amor assim.
E, te esquecer por quê?
Se tu és o abrigo pra minh`alma!

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

2 de jan. de 2012

O Jangadeiro




O Jangadeiro

Jangadeiro!
Bravo jangadeiro.
Jangadeiro de alma revestida de coragem.
De olhar aguçado na maré boa de vento.
Ouvindo o murmúrio do mar.
Jangadeiro!
Bravo Jangadeiro.
Calção surrado, e no peito nu!
Só um pingente com a medalha da padroeira Iemanjá.
Jangadeiro!
Bravo Jangadeiro.
Traçando o caminho da ida...
Indo sempre ao mesmo lugar.
Sentindo o vento traiçoeiro soprando da terra pro mar.
Sem medo de morrer o bravo jangadeiro em busca do peixe enfrenta o mar.
Mesmo sabendo que pode não voltar.
O bravo Jangadeiro navega em alto mar.
Mas quando volta, o bravo jangadeiro é festejado.
Pois sua jangada vem abarrotada de pescado, presente de Iemanjá.
Jangadeiro!
Bravo homem do mar.

Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

2 de dez. de 2011

O Vento




O Vento

Aquele vento impetuoso que uivava no tempo, como uma tempestade atrevida, exasperada.
Apagando na minha memória o teu rosto.
Afastando-te dos meus pensamentos...
E, que, num repentino açoite.
Golpeava impetuosamente meu rosto, naufragando teus encantos.
Apagando em mim tuas lembranças...
É o mesmo que agora, na minha Inquietude, quer varrer minhas lágrimas.
E como brisa, sopra ao meu ouvido o teu nome.
É o mesmo vento, agora, soprando brando, levando prá longe meus pensamentos...
Para encontrar-me com meu eu.
E escrever uma pagina nova de nós dois.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

28 de out. de 2011

Deserto inóspito



Deserto inóspito


Nesta solidão medonha.
Meus olhos vagueiam indizíveis,
numa paisagem púrpura,
deserta.
Vagueiam numa terra inóspita!
Sem uma folha no chão.
Nesta areia escaldante e selvagem deste deserto seco e infecundo.
Tu és o calor que desnorteia no imutável sol fulgurante.
Porque,
no meu refúgio,
apenas vejo dunas móveis,
sol aos meus olhos.
Barreiras intransponíveis que, Impedem-me, vislumbrar a esplendorosa beleza do oásis.
Porque,
nos meus delírios...
o oásis nada mais é que,
miragem, imagem abstrata,
espectro.
Cactos esculpidos!
Deserto inóspito.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

27 de dez. de 2010

Sombra de mim



Sombra de mim.

Fugir de Você!
Pra que?
Se sinto medo.
Se preciso de você para me apoiar!
E com quem partilhar minha fantasia?
Se tua efervescência está sempre presente em mim.
Se você é sombra de mim.
Fugir pra que?
Se te sinto por completa.
Pois, ouço tua voz através do vento...
E, vejo-me em teu olhar.
Você é um infindo mistério que me confunde.
Você é como um facho de luz vindo de outra dimensão...
Com astúcia, espera a noite chegar para revelar-me maliciosamente.
Pois, no silêncio da noite, é você que minha`alma sonha...
E, revelam teus profundos segredos...
Transformam meus sonhos...
Escondem meus pecados.
Fugir de você!
Pra que?
Se você é sombra de mim.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

27 de set. de 2010

Meu olhar de mim



Meu olhar de mim

Em melancólico silêncio.
Vejo tua imagem nitidamente refletida pelas luzes artificiais vindas do espaço.
Talvez seja o reflexo da minha dor em confrontantes delírios,
pela saudade do amor que aos poucos me domina.
Fazendo meu mundo girar para afugentar meus temores...
Nas minhas horas de tormentas,
meus pensamentos entregues à tua sedução.
Cavalgam rasgando a escura noite fria sem bússola para me orientar...
Como se o universo fosse só meu.
Pelo reflexo dos teus olhos,
vejo meu olhar de mim querendo ser aprisionado aos teus braços.
Porque só tu me confortas.
Só tu derrubas a bastilha que prende meu coração e aquieta essa agonia constante dentro de mim.


Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

15 de jan. de 2010

Amanhecer




Amanhecer...

Não encontro as palavras adequadas para expressar minha alegria, pelo o amanhecer...
Nem a minha felicidade, ao contemplar a aurora.
Meus olhos se deslumbram com o maravilhoso fenômeno da natureza.
Deslumbram-se, ao ver o sol ante a mais simples magia, surgir no horizonte tímido e delicadamente.
Como astro-rei.
E, majestoso que é.
Raramente se deixa vislumbrar a olho nu.
Quando seus raios multicolores derramam sobre a Terra.
Eu, como uma criança que acaba de ganhar um lindo presente,
Grito!
Eu grito com toda força do meu novo coração.
Amanheceu!
Estou vivo!
Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

28 de nov. de 2009

"Meu Pecado Capital"




“Meu pecado Capital”

E, por ser soberbo.
Sorrateiramente,
esta solidão teimosa insiste em ficar.
Vasculhando minhas recordações...
Deixando um melancólico vazio em mim.
Para refugiar-me em algum lugar, caminhei...
Os caminhos que andei...
Eram estradas longas sem fronteiras nem fim.
Foram tantos...
Perseguindo o amor de quem me amou.
Sem levar bagagens rodei o mundo a espera de respostas aos meus lapsos...
E neles vivi desventuras selvagens.
Quando vem a lembrança de ti.
O recôndito de mim quer ficar ao teu lado desafiando o tempo.
Nos meus rastros,
não quero ver fantasmas desnudos.
Abstratos para calar minha saudade...
E, para enfrentá-las,
me transformei em fera para seguir sem medo os abismos que me esperam...
Por onde andei...
Encontrei agruras, obstáculos,
que sem temor, e, contra os limites que a soberbia me impõe...
Ultrapassei.
Agora!
O que eu faço?
Quero te amar...
Mas,
sem nenhum pecado capital.

Irismar Andrade Santiago
Direitos reservados

23 de nov. de 2009

Meu Coração Frágil



Meu Coração Frágil

Meu coração é frágil,
Porque não é feito de ferro ou aço.
Meu criador quis que, ele fosse feito agregados de átomos.
Mas, divisíveis, sem hipocrisias.
Aliás, meu coração é feito de pó de chão agregados a angústias, a emoções e, ao amor.
Meu coração é apaixonadamente frágil, mas não, incoerente.
Tão apaixonado que se ilude completamente aos indiferentes desencontros.
Depois em delírio, chora sua dor quando ouve em toda sua essência, a palavra adeus.
Busquei incessantemente e, não consegui entender o coração alheio.
Será que, seus átomos foram diferentes dos meus?
Pois vive enganando inconseqüentemente esse coração meu.
Ou meu criador não teve compaixão de mim?
Colocando em meu peito um coração tão frágil!
Sem dar-me o direito ao livre-arbítrio de amar a quem eu desejar?
Meu coração é feito de barro sim, mas humano.
E por ser humano, a paixão brota em meus poros, queima minhas veias!
Porque sou um poeta!
Meu coração distraído, quando preciso for, ama, e amará a sua maneira.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

25 de out. de 2009

Saudade



“Saudade”

Ah! Saudade...
Melancolia que dói o peito.
Fazendo meus lábios sorrirem o sorriso da amargura.
Ah! Saudade...
Lembranças desvairadas que me desatinam em noites que parecem não ter fim.
Ah! Saudade...
Abstraída de meus recônditos pecados...
Deixando meu coração em desalinho querendo teu aconchego.
Ah! Saudade...
Recordação que paira nos teus beijos.
Uma agonia inquebrantável. Um sussurro ávido, que exerce um desejo sobejo.
Ah! Saudade...
Que me deixa maltrapilho, prisioneiro de um caminho inacessível.
Que fustiga meu corpo penetra minha memória, e como sombra, me acompanha.
Ah! Saudade...
Fantasma que ficou.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

28 de set. de 2009

Quem é Você?



Quem é você?
Que, desdenhosamente invade a quietude do meu quarto,
não me deixando sonhar em paz.
Quem é você?
Pecados incrustados à sombra do meu passado?
Pois na escuridão, ouço os seus bramidos como ondas impetuosas invadindo meus sonhos.
Quem é você?
Que me persegue com seus rumores transformando meus sonhos em pesadelos?
Querendo com intrepidez, arrancar-me, segredos que desconheço.
Quem é você?
Vidente?
Que busca descobrir minhas confidências?
Alguma coisa que não sei explicar como este meu desejo de amar você?
Quem é você?
Porque não me acorda desta amplitude dos meus sonhos de apenas emoções ilusórias...
Destas ilusões que me incomodam.
E despertam em mim, o real desejo de amar, verdadeiramente?
Sim, você.
Porque ao invés de vivermos este sonho absurdo, este engano e desencontros nossos.
Não acordamos?
Pois,
este meu coração insatisfeito não quer mais viver de ilusões...
Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

15 de set. de 2009

Quero Lhe Encontrar



Quero Lhe Encontrar


Por Você!
Se preciso for.
Como ave peregrina.
Quero viajar por luzes interplanetárias.
Para vislumbrar o desconhecido...
E encontrá-lo!
Preciso Lhe encontrar.
Se preciso for!
Quero viajar sem destino para desvendar esse emaranhado organizado, encantado.
Chamado Galáxias.
Onde Você se esconde.,
Onde Você se esconde?
Onde se forma a compilação beleza da amplidão do universo que tanto me fascina.
Sobre esta luz amontoada, imensurável e mística da Via Láctea.
Vejo a Sua imagem.
Não vou esconder meu pranto ao sentir meu peito explodir em turbilhões...
Levado apenas pelo instinto de voar sem limites a Sua procura...
Se preciso for!
Quero navegar sem agruras pela abóbada celeste, em busca de Seus vestígios insólitos.
No selvagem escuro que alvoroça a natureza.
Não quero rumo nem destino...
Quero Lhe encontrar.
Preciso Lhe encontrar!
Quero Seu abrigo.
Para Lhe encontrar!
Voo por labirintos estrelados...
Como os cometas a procura da sua rota ou, de algum lugar secreto.
Voo até onde o Seu amor me levar...
Voo até onde Lhe encontrar.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

25 de ago. de 2009

Lembranças!




Lembranças!
Cicatrizes ainda abertas, que, sem nenhuma piedade,
o tempo insiste em não curar.
Lembranças!
Por ser prisioneiro de ti,
uma tristeza extrema, quase perversa,
apoderou-se de minh`alma carente.
Deixando meu coração maltrapilho.
Lembranças!
Que não fogem de mim,
deixando em meu peito a agonia da solidão.
Lembranças!
Por quê tens esse prazer de me ver sofrer?
Porque essa anomalia arraigada, sem compaixão?
Acorrentando meus sonhos ao passado,
Fazendo-me andar sem rumo?
Amordaçando-me, a um sonho possível.
Lembranças!
Não invadam este corpo meu assim!
Não me deixem tão inerte.
Fujam de mim sem Sentirem receio do abandono.
Lembranças!
Libertem-me, destas algemas que fazem de mim teu escravo.
Devolvam-me a liberdade!
Lembranças!
Não me façam refém de tuas loucuras.
Quero sentir o prazer de novamente sorrir.
De acreditar no amor que, está à mercê do destino,
e sem arroubo de ciúmes!
O coração deste poeta possa amar...
E versejar sem barreiras, a ele impostas.

Irismar Andrade Santiago
Direitos reservados

4 de ago. de 2009

Tua Imagem



Tua Imagem

Tua imagem é a sublimação que provoca em meu corpo
O desvario.
E sem dó rasga meu peito.
Querendo arrancar meu coração.
Tua imagem é uma alucinação que me persegue...
Fazendo meu coração saltitar...
Querendo devorar tuas formas.
E, sem disfarce, a tua imagem deslumbra-me.
Atiçando meus desejos contidos na forma com que eu te vejo.
Tua imagem basta para estremecer-me.
Sustentar minh`alma, meus delírios inexplicáveis.
Porque!
Tua imagem faz meus olhos brilharem encandeados.
Quando na confluência do amor...
Deparam com os teus.
Tua imagem faz transcender a quimera de um amor recente.
E, a paixão de um amor presente.

Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

10 de jul. de 2009

Sonâmbulo



Sonâmbulo
Como um sonâmbulo,
vaguei feito pirilampo a tua procura.
Em busca da paixão!
Como ave de migração,
voei no vento livre da imensidão...
Para te encontrar,
voei acima das nuvens.
Olhei as estrelas clareando os caminhos.
Vi que, todas as direções levam-me a ti.
Acordei.
Caminhei...
E, desnudo,
sentindo a brisa da madrugada em meu rosto.
Subi a colina orvalhada pelo sereno da noite.
Queria estar mais perto do céu para abraçar a lua.
Poetar...
Esboçar versos...
Compor ilusões...
Sublimar os segredos do meu coração.
Depois esperar o sol nascer para aconchegar-me no teu colo,
e adormecer-me nos teus seios.

Irismar Andrade Santiago
Direitos reservados

17 de jun. de 2009

Absurdo de Mim




Absurdo de mim.

Que absurdo de mim.
Exilar-me de ti.
Você que me endoidece com este sorriso ingênuo.
Com este teu jeito de me olhar, de me querer.
Com teu cheiro gostoso, de mulher insinuante.
Que me fascina, me inebria.
Como exilar-me de ti?
Se este desejo irresistível de te querer me enlouquece?
Se esta paixão voluptuosa faz esquecer meus ais.
Como exilar-me de ti?
Da suavidade deste teu corpo nu que me excita...
Do prazer de enroscar-me nos teus cabelos e beijar tua boca doce?
Exilar-me de ti?
E não viver esta alegria de te amar?
De alimentar meus sonhos?
Eu me rendo aos teus encantos amor meu.
Quero minha alforria!
É um absurdo de mim.
Exilar-me de ti.

Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

1 de jun. de 2009

Exilado



Exilado

Esta distância de ti.
É meu exílio.
É como ouvir uma canção triste.
É a mais terrível das prisões.
É como a clausura, numa cela escura.
Onde se vive os horrores da solidão.
Neste meu exílio!
Vivo a agonia dos meus sonhos não realizados.
E alucinações desvairadas, me fazendo carente, doente.
Neste meu exílio!
Só a lembrança da tua candura, faz desvanecer meu tédio.
Neste meu exílio!
O ar que respiro tem o teu cheiro.
A voz que ouço, são os teus lábios sussurrando...
Pronunciando palavras doces...
Que, através do vento faz os ecos despertar em mim, o desejo de ti.
Neste meu exílio!
Pelas minhas retinas feridas pela escuridão.
O sol que meus olhos vêem...
É a luz dos teus olhos que adentra meu corpo e trespassa meu peito.
Provocando emoções, despedaçando meu coração, incendiando meu íntimo.
Neste meu exílio!
Só a lembrança do teu sorriso, faz sorrir meu coração amortecido.
Exilado de ti.


Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

18 de mai. de 2009

Amor Transcendental




Amor Transcendental

Por este amor que se abrigou em meu peito.
Deixei transcender este desejo de amar você.
De sentir novamente ultrapassar os limites imagináveis do meu coração translúcido.
De vivenciar teu jeito misterioso provocando meus instintos, deixando vestígios teus.
Na minha imaginação, a excitação contínua...
Ébrio, confuso em mundo de devaneios...
Para não te esquecer,
navego sob brisas escaldantes, por mares sem portos.
Tentando saciar este devaneio louco.
Embrenho sem nenhuma direção pela imensidão do infinito.
Mas,
meu desejo de você me faz velejar até onde a vista alcança.
Mesmo muito além das estrelas, no silêncio do mundo...
Só para me sentir mais perto de ti.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

4 de mai. de 2009

Sem Lógica



Sem Lógica

Por que sem pré-aviso e nenhuma lógica!
Este amor desvairado, sorrateiramente foi invadir meu coração?
Deixado exposto ao suplício.
Por que sem nenhuma lógica!
Você apareceu assim!
Com seu jeito ingênuo me envolvendo, me aprisionando?
Fazendo sucumbir minh`alma como uma centelha incendiando minhas veias.
Causando bálsamo as feridas ainda expostas de tantos desenganos.
Desmoronando ainda mais, meu enfraquecido alicerce.
Já estagnado das paixões abrasivas.
Por que não consigo entender esse amor insano que me faz sonhar...
Sem nenhuma lógica me liberta da solidão explícita e realiza minhas loucuras.
Não deixando meu coração morrer de amor.
Por que incondicionalmente emociono-me, quando penso em você?
E...
Sem nenhuma lógica!
Faz-me, esquecer os desenganos aleatórios pelos quais me fez chorar.
Por quê?

Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados