Maldade Divina

1 de jun. de 2009

Exilado



Exilado

Esta distância de ti.
É meu exílio.
É como ouvir uma canção triste.
É a mais terrível das prisões.
É como a clausura, numa cela escura.
Onde se vive os horrores da solidão.
Neste meu exílio!
Vivo a agonia dos meus sonhos não realizados.
E alucinações desvairadas, me fazendo carente, doente.
Neste meu exílio!
Só a lembrança da tua candura, faz desvanecer meu tédio.
Neste meu exílio!
O ar que respiro tem o teu cheiro.
A voz que ouço, são os teus lábios sussurrando...
Pronunciando palavras doces...
Que, através do vento faz os ecos despertar em mim, o desejo de ti.
Neste meu exílio!
Pelas minhas retinas feridas pela escuridão.
O sol que meus olhos vêem...
É a luz dos teus olhos que adentra meu corpo e trespassa meu peito.
Provocando emoções, despedaçando meu coração, incendiando meu íntimo.
Neste meu exílio!
Só a lembrança do teu sorriso, faz sorrir meu coração amortecido.
Exilado de ti.


Irismar Andrade Santiago

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3 comentários:

  1. Querido poeta...procurando o lado positivo( se é que ele existe) de tão lindo poema, encontrei nas entrelinhas... a "felicidade" de alguém ter vivido um amor, que mesmo sendo uma recordação, torna a VIDA algo inesquecível , pois temos nossas lembranças, boas ou más de tudo o que vivenciamos.Pior são os exilados que não possuem recordações...não viveram!!!

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  2. Só a lembrança do teu sorriso,
    faz sorrir meu coração amortecido.

    Sem palavras...
    Simplismente lindo
    como tudo que esse querido e amado poeta cria.
    beijos com carinho.

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