Maldade Divina

26 de jan. de 2009

Eternos


Eternos
Não amor!
Não adormece!
Não agora.
Não me deixe só!
Nesta escuridão.
Tenho medo.
Medo de que acorde e não me enxergue como sou.
Medo que, na insensatez de tua imaginação, eu seja miragem.
Agnóstico de um mundo além...
Ama-me, como te amo agora.
Não diga nada...
Este sussurro eu conheço.
É a linguagem da paixão em busca da felicidade, do ápice do amor...
Não adormece amor!
Não agora.
É tolice do meu coração, pois ele é cúmplice desta infinita intolerância.
Quero te fazer feliz agora.
Amanhã!
O que importa?
O tempo não importa...
Diferente de sonhos...
Façamos desta noite, eterna...
Esqueçamos os tormentos.
E, quando de novo o sol aparecer, e o amanhã chegar!
Vou amar-te...
Somente a ti.
Como te amo agora.
E,
eternamente...

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

2 de jan. de 2009

Não me olhes assim




Não me olhes assim!
Agora já é tarde...
A noite está fria.
Sou feliz!
Depois de tanta dor!
Não sei?
Não me olhes assim!
Espero o momento acontecer.
Quem sabe amanhã o sol vai brilhar...
Não quero apagar meus sonhos...
Não me olhes assim!
Não há porque chorar na quietude da madrugada fria.
Como se o mundo acabasse agora.
Não me olhes assim!
Sinto meu coração pulsar forte.
Mas, ditando uma linguagem sem nexo...
Desnorteado pelo quinhão do meu sofrimento.
Não me olhes assim!
Não é necessário, conheço teus pensamentos.
Conheço essa atitude do teu desejo em me querer.
Que pena!
Não me olhes assim!
Não sou dono dos meus sentimentos.
Pobre do meu coração inexorável!
Que não se importa com meu sofrer, meu querer mais profundo.
Não me olhes assim!
É meu coração que me deixa impensável, confuso.
Deixando no meu peito um vazio imenso...
Não me olhes assim!
Não me olhes com tanta tristeza.
Vejo em teus olhos, a frustração da decepção.
Não me olhes assim!
Perdoe-me pelo que aconteceu de novo.
É meu coração, que vive inconscientemente descompassado.
Não me olhes assim!

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados