Maldade Divina

28 de nov. de 2009

"Meu Pecado Capital"




“Meu pecado Capital”

E, por ser soberbo.
Sorrateiramente,
esta solidão teimosa insiste em ficar.
Vasculhando minhas recordações...
Deixando um melancólico vazio em mim.
Para refugiar-me em algum lugar, caminhei...
Os caminhos que andei...
Eram estradas longas sem fronteiras nem fim.
Foram tantos...
Perseguindo o amor de quem me amou.
Sem levar bagagens rodei o mundo a espera de respostas aos meus lapsos...
E neles vivi desventuras selvagens.
Quando vem a lembrança de ti.
O recôndito de mim quer ficar ao teu lado desafiando o tempo.
Nos meus rastros,
não quero ver fantasmas desnudos.
Abstratos para calar minha saudade...
E, para enfrentá-las,
me transformei em fera para seguir sem medo os abismos que me esperam...
Por onde andei...
Encontrei agruras, obstáculos,
que sem temor, e, contra os limites que a soberbia me impõe...
Ultrapassei.
Agora!
O que eu faço?
Quero te amar...
Mas,
sem nenhum pecado capital.

Irismar Andrade Santiago
Direitos reservados

23 de nov. de 2009

Meu Coração Frágil



Meu Coração Frágil

Meu coração é frágil,
Porque não é feito de ferro ou aço.
Meu criador quis que, ele fosse feito agregados de átomos.
Mas, divisíveis, sem hipocrisias.
Aliás, meu coração é feito de pó de chão agregados a angústias, a emoções e, ao amor.
Meu coração é apaixonadamente frágil, mas não, incoerente.
Tão apaixonado que se ilude completamente aos indiferentes desencontros.
Depois em delírio, chora sua dor quando ouve em toda sua essência, a palavra adeus.
Busquei incessantemente e, não consegui entender o coração alheio.
Será que, seus átomos foram diferentes dos meus?
Pois vive enganando inconseqüentemente esse coração meu.
Ou meu criador não teve compaixão de mim?
Colocando em meu peito um coração tão frágil!
Sem dar-me o direito ao livre-arbítrio de amar a quem eu desejar?
Meu coração é feito de barro sim, mas humano.
E por ser humano, a paixão brota em meus poros, queima minhas veias!
Porque sou um poeta!
Meu coração distraído, quando preciso for, ama, e amará a sua maneira.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

25 de out. de 2009

Saudade



“Saudade”

Ah! Saudade...
Melancolia que dói o peito.
Fazendo meus lábios sorrirem o sorriso da amargura.
Ah! Saudade...
Lembranças desvairadas que me desatinam em noites que parecem não ter fim.
Ah! Saudade...
Abstraída de meus recônditos pecados...
Deixando meu coração em desalinho querendo teu aconchego.
Ah! Saudade...
Recordação que paira nos teus beijos.
Uma agonia inquebrantável. Um sussurro ávido, que exerce um desejo sobejo.
Ah! Saudade...
Que me deixa maltrapilho, prisioneiro de um caminho inacessível.
Que fustiga meu corpo penetra minha memória, e como sombra, me acompanha.
Ah! Saudade...
Fantasma que ficou.

Irismar Andrade Santiago
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28 de set. de 2009

Quem é Você?



Quem é você?
Que, desdenhosamente invade a quietude do meu quarto,
não me deixando sonhar em paz.
Quem é você?
Pecados incrustados à sombra do meu passado?
Pois na escuridão, ouço os seus bramidos como ondas impetuosas invadindo meus sonhos.
Quem é você?
Que me persegue com seus rumores transformando meus sonhos em pesadelos?
Querendo com intrepidez, arrancar-me, segredos que desconheço.
Quem é você?
Vidente?
Que busca descobrir minhas confidências?
Alguma coisa que não sei explicar como este meu desejo de amar você?
Quem é você?
Porque não me acorda desta amplitude dos meus sonhos de apenas emoções ilusórias...
Destas ilusões que me incomodam.
E despertam em mim, o real desejo de amar, verdadeiramente?
Sim, você.
Porque ao invés de vivermos este sonho absurdo, este engano e desencontros nossos.
Não acordamos?
Pois,
este meu coração insatisfeito não quer mais viver de ilusões...
Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

15 de set. de 2009

Quero Lhe Encontrar



Quero Lhe Encontrar


Por Você!
Se preciso for.
Como ave peregrina.
Quero viajar por luzes interplanetárias.
Para vislumbrar o desconhecido...
E encontrá-lo!
Preciso Lhe encontrar.
Se preciso for!
Quero viajar sem destino para desvendar esse emaranhado organizado, encantado.
Chamado Galáxias.
Onde Você se esconde.,
Onde Você se esconde?
Onde se forma a compilação beleza da amplidão do universo que tanto me fascina.
Sobre esta luz amontoada, imensurável e mística da Via Láctea.
Vejo a Sua imagem.
Não vou esconder meu pranto ao sentir meu peito explodir em turbilhões...
Levado apenas pelo instinto de voar sem limites a Sua procura...
Se preciso for!
Quero navegar sem agruras pela abóbada celeste, em busca de Seus vestígios insólitos.
No selvagem escuro que alvoroça a natureza.
Não quero rumo nem destino...
Quero Lhe encontrar.
Preciso Lhe encontrar!
Quero Seu abrigo.
Para Lhe encontrar!
Voo por labirintos estrelados...
Como os cometas a procura da sua rota ou, de algum lugar secreto.
Voo até onde o Seu amor me levar...
Voo até onde Lhe encontrar.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

25 de ago. de 2009

Lembranças!




Lembranças!
Cicatrizes ainda abertas, que, sem nenhuma piedade,
o tempo insiste em não curar.
Lembranças!
Por ser prisioneiro de ti,
uma tristeza extrema, quase perversa,
apoderou-se de minh`alma carente.
Deixando meu coração maltrapilho.
Lembranças!
Que não fogem de mim,
deixando em meu peito a agonia da solidão.
Lembranças!
Por quê tens esse prazer de me ver sofrer?
Porque essa anomalia arraigada, sem compaixão?
Acorrentando meus sonhos ao passado,
Fazendo-me andar sem rumo?
Amordaçando-me, a um sonho possível.
Lembranças!
Não invadam este corpo meu assim!
Não me deixem tão inerte.
Fujam de mim sem Sentirem receio do abandono.
Lembranças!
Libertem-me, destas algemas que fazem de mim teu escravo.
Devolvam-me a liberdade!
Lembranças!
Não me façam refém de tuas loucuras.
Quero sentir o prazer de novamente sorrir.
De acreditar no amor que, está à mercê do destino,
e sem arroubo de ciúmes!
O coração deste poeta possa amar...
E versejar sem barreiras, a ele impostas.

Irismar Andrade Santiago
Direitos reservados

4 de ago. de 2009

Tua Imagem



Tua Imagem

Tua imagem é a sublimação que provoca em meu corpo
O desvario.
E sem dó rasga meu peito.
Querendo arrancar meu coração.
Tua imagem é uma alucinação que me persegue...
Fazendo meu coração saltitar...
Querendo devorar tuas formas.
E, sem disfarce, a tua imagem deslumbra-me.
Atiçando meus desejos contidos na forma com que eu te vejo.
Tua imagem basta para estremecer-me.
Sustentar minh`alma, meus delírios inexplicáveis.
Porque!
Tua imagem faz meus olhos brilharem encandeados.
Quando na confluência do amor...
Deparam com os teus.
Tua imagem faz transcender a quimera de um amor recente.
E, a paixão de um amor presente.

Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

10 de jul. de 2009

Sonâmbulo



Sonâmbulo
Como um sonâmbulo,
vaguei feito pirilampo a tua procura.
Em busca da paixão!
Como ave de migração,
voei no vento livre da imensidão...
Para te encontrar,
voei acima das nuvens.
Olhei as estrelas clareando os caminhos.
Vi que, todas as direções levam-me a ti.
Acordei.
Caminhei...
E, desnudo,
sentindo a brisa da madrugada em meu rosto.
Subi a colina orvalhada pelo sereno da noite.
Queria estar mais perto do céu para abraçar a lua.
Poetar...
Esboçar versos...
Compor ilusões...
Sublimar os segredos do meu coração.
Depois esperar o sol nascer para aconchegar-me no teu colo,
e adormecer-me nos teus seios.

Irismar Andrade Santiago
Direitos reservados

17 de jun. de 2009

Absurdo de Mim




Absurdo de mim.

Que absurdo de mim.
Exilar-me de ti.
Você que me endoidece com este sorriso ingênuo.
Com este teu jeito de me olhar, de me querer.
Com teu cheiro gostoso, de mulher insinuante.
Que me fascina, me inebria.
Como exilar-me de ti?
Se este desejo irresistível de te querer me enlouquece?
Se esta paixão voluptuosa faz esquecer meus ais.
Como exilar-me de ti?
Da suavidade deste teu corpo nu que me excita...
Do prazer de enroscar-me nos teus cabelos e beijar tua boca doce?
Exilar-me de ti?
E não viver esta alegria de te amar?
De alimentar meus sonhos?
Eu me rendo aos teus encantos amor meu.
Quero minha alforria!
É um absurdo de mim.
Exilar-me de ti.

Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

1 de jun. de 2009

Exilado



Exilado

Esta distância de ti.
É meu exílio.
É como ouvir uma canção triste.
É a mais terrível das prisões.
É como a clausura, numa cela escura.
Onde se vive os horrores da solidão.
Neste meu exílio!
Vivo a agonia dos meus sonhos não realizados.
E alucinações desvairadas, me fazendo carente, doente.
Neste meu exílio!
Só a lembrança da tua candura, faz desvanecer meu tédio.
Neste meu exílio!
O ar que respiro tem o teu cheiro.
A voz que ouço, são os teus lábios sussurrando...
Pronunciando palavras doces...
Que, através do vento faz os ecos despertar em mim, o desejo de ti.
Neste meu exílio!
Pelas minhas retinas feridas pela escuridão.
O sol que meus olhos vêem...
É a luz dos teus olhos que adentra meu corpo e trespassa meu peito.
Provocando emoções, despedaçando meu coração, incendiando meu íntimo.
Neste meu exílio!
Só a lembrança do teu sorriso, faz sorrir meu coração amortecido.
Exilado de ti.


Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

18 de mai. de 2009

Amor Transcendental




Amor Transcendental

Por este amor que se abrigou em meu peito.
Deixei transcender este desejo de amar você.
De sentir novamente ultrapassar os limites imagináveis do meu coração translúcido.
De vivenciar teu jeito misterioso provocando meus instintos, deixando vestígios teus.
Na minha imaginação, a excitação contínua...
Ébrio, confuso em mundo de devaneios...
Para não te esquecer,
navego sob brisas escaldantes, por mares sem portos.
Tentando saciar este devaneio louco.
Embrenho sem nenhuma direção pela imensidão do infinito.
Mas,
meu desejo de você me faz velejar até onde a vista alcança.
Mesmo muito além das estrelas, no silêncio do mundo...
Só para me sentir mais perto de ti.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

4 de mai. de 2009

Sem Lógica



Sem Lógica

Por que sem pré-aviso e nenhuma lógica!
Este amor desvairado, sorrateiramente foi invadir meu coração?
Deixado exposto ao suplício.
Por que sem nenhuma lógica!
Você apareceu assim!
Com seu jeito ingênuo me envolvendo, me aprisionando?
Fazendo sucumbir minh`alma como uma centelha incendiando minhas veias.
Causando bálsamo as feridas ainda expostas de tantos desenganos.
Desmoronando ainda mais, meu enfraquecido alicerce.
Já estagnado das paixões abrasivas.
Por que não consigo entender esse amor insano que me faz sonhar...
Sem nenhuma lógica me liberta da solidão explícita e realiza minhas loucuras.
Não deixando meu coração morrer de amor.
Por que incondicionalmente emociono-me, quando penso em você?
E...
Sem nenhuma lógica!
Faz-me, esquecer os desenganos aleatórios pelos quais me fez chorar.
Por quê?

Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

13 de abr. de 2009

Meus Desejos



Meus Desejos

Consciente da minha loucura por ti.
Transcendo-me, viajo sem destino buscando-te,
a cada amanhecer...
Endoidecido de amor,
dispo-me dos meus pudores e visto minhas fantasias...
Nas minhas fantasias,
liberto meus sonhos das brumas densas e vejo-te sem formas.
Como um rio impetuoso em direção as curvas esculpindo seus caprichos.
Também para um louco de amor não há limites de sonhos...
Pois minha mente voa na inquietude insensível da solidão esculpindo fantasias...
Na minha imaginação poética você é a imagem inocente da sensualidade.
Na minha excitação, minhas mãos não conseguem conter-se para dar-te formas.
Sem cerimônia,
vão te esculpindo em traços profundos e contornos simétricos a sinuosidade dos teus seios.
Desvendando sem obediência teu mistério, teu íntimo.
Teu sorriso delicado,
tua boca perfeita,
teu rosto angelical,
tuas curvas suaves em forma de mulher.
Então,
vejo que você é real.
Linda como uma rosa, preenchendo meus sentidos com teu perfume.
Aflorando meu desejo, meu pecado querendo te possuir...
Porque meu desejo é você.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

26 de mar. de 2009

Coração



Coração

Meu Coração!
Não quer mais viver de sonhos...
Nem exposto ao fulgor das emoções insaciáveis.
Nem como um pássaro sem asas, tentando atingir píncaros.
Preciso me transformar...
Para lapidar este coração disforme.
Tirar de mim, esta dor atroz que trucida minh`alma.
Que, na transmutação deste meu coração teimoso.
Quero sem disfarces, extravasar minha alegria.
Gritar teu nome embevecido.
Que meu grito chegue até teu íntimo.
Como um cântico em ecos...
Ou!
Em lastimas revestidas de ternuras decifráveis.
Preciso acordar deste pesadelo que se abrigou em meu peito.
Acompanhado de um imenso vazio...
Querendo habitar meu coração.
Aprisionar meus pensamentos...
Meus instintos, minhas mais íntimas fantasias...
Quero acordar desta alucinação.
Pobre deste meu coração teimoso.
Que não aceita transmutação.
Pois busca tua existência que dissipou sem deixar rastro ou vestígio.
Porque meu coração teimoso!
Não quer esquecer você?



Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

11 de mar. de 2009

Desejos...



Desejos...
Não importa quando...
Quero simplesmente te despir e subornar teu corpo desnudo.
Deixar a desenvoltura dos meus dedos deslizarem tua pele lentamente...
Tatear cada milímetro do teu corpo delicado, sensível.
Na impaciência de quem ama, no teu sussurrar, descobrir teus segredos...
Com meus instintos pecadores chegar ao teu íntimo e sentir tua pulsação.
Sem armadilhas, conhecer teu corpo, e nele saciar meus desejos.
Na minha insanidade devorar tuas formas íntimas e desvendar teus mistérios...
Tua beleza simétrica, explícita.
Minha princesa.
Apenas no desejo de te amar...
Quero na intimidade do teu corpo desvanecer meu tédio inconsequente.
Aprisionar-me a ti sem máscaras, para satisfazer nossos desejos.

Irismar Andrade Santiago

Direitos Reservados

25 de fev. de 2009

Solidão



Solidão!
Sem aviso me fere o peito.
São tantas!
Que minh`alma parece tatuada com sua dor.
Com paciência indelével aos meus sentimentos.
Ela voa embalada pelo vento no meio da tempestade incomensurável.
Tolerante...
Ou sofrido pela ingenuidade.
Meu coração aventureiro voa em busca da felicidade...
Relutante, a teimosia da solidão insiste em ficar.
Mas, de você.
Felicidade...
Jamais desistirei!
Hei de encontrá-la.
Felicidade!
Venha!
Faça-se presente.
Dê-me sua mão.
Quero fugir da solidão.
Afasta de mim, esse pesadelo que trespassa e me veste a alma.
Vem e preenche esse espaço vazio a espera da paixão...
Não deixa essa solidão doer tanto!
Venha embrenhar em minh`alma, tatuar meu coração.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

9 de fev. de 2009

Meus Conflitos



Meus Conflitos

Bastou rever-te!
Para sentir novamente meu coração em descompasso.
E, um desejo irresistível de querer voltar.
Voltar para beijar esta boca, amar este corpo.
Arrancar esta dor de mim.
Esquecer as marcas do tempo...
Pois na negritude da solidão...
Ouço eco de vozes vindas do abismo.
Inócuas, mas indecifráveis, vazias...
Como um vendaval, este amor é um caminho sem volta.
Um sonho desfeito.
É como uma tempestade aurora boreal que, na velocidade luz.
Existe!
E, se manifesta no firmamento em total silêncio!
Mas só para enlouquecer os olhos em devaneios.
E, fazer o coração borbulhar em sangue pelas promessas.
Promessas de um sonho que não quero sonhar...
Porque sem permissão, a solidão vence em cada adeus...
Pura desilusão deste meu desejo!
Pois!
Pelos meus conflitos...
Nem mesmo seus lábios,
fui capaz de beijá-los.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

26 de jan. de 2009

Eternos


Eternos
Não amor!
Não adormece!
Não agora.
Não me deixe só!
Nesta escuridão.
Tenho medo.
Medo de que acorde e não me enxergue como sou.
Medo que, na insensatez de tua imaginação, eu seja miragem.
Agnóstico de um mundo além...
Ama-me, como te amo agora.
Não diga nada...
Este sussurro eu conheço.
É a linguagem da paixão em busca da felicidade, do ápice do amor...
Não adormece amor!
Não agora.
É tolice do meu coração, pois ele é cúmplice desta infinita intolerância.
Quero te fazer feliz agora.
Amanhã!
O que importa?
O tempo não importa...
Diferente de sonhos...
Façamos desta noite, eterna...
Esqueçamos os tormentos.
E, quando de novo o sol aparecer, e o amanhã chegar!
Vou amar-te...
Somente a ti.
Como te amo agora.
E,
eternamente...

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

2 de jan. de 2009

Não me olhes assim




Não me olhes assim!
Agora já é tarde...
A noite está fria.
Sou feliz!
Depois de tanta dor!
Não sei?
Não me olhes assim!
Espero o momento acontecer.
Quem sabe amanhã o sol vai brilhar...
Não quero apagar meus sonhos...
Não me olhes assim!
Não há porque chorar na quietude da madrugada fria.
Como se o mundo acabasse agora.
Não me olhes assim!
Sinto meu coração pulsar forte.
Mas, ditando uma linguagem sem nexo...
Desnorteado pelo quinhão do meu sofrimento.
Não me olhes assim!
Não é necessário, conheço teus pensamentos.
Conheço essa atitude do teu desejo em me querer.
Que pena!
Não me olhes assim!
Não sou dono dos meus sentimentos.
Pobre do meu coração inexorável!
Que não se importa com meu sofrer, meu querer mais profundo.
Não me olhes assim!
É meu coração que me deixa impensável, confuso.
Deixando no meu peito um vazio imenso...
Não me olhes assim!
Não me olhes com tanta tristeza.
Vejo em teus olhos, a frustração da decepção.
Não me olhes assim!
Perdoe-me pelo que aconteceu de novo.
É meu coração, que vive inconscientemente descompassado.
Não me olhes assim!

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados