Maldade Divina

2 de dez. de 2011

O Vento




O Vento

Aquele vento impetuoso que uivava no tempo, como uma tempestade atrevida, exasperada.
Apagando na minha memória o teu rosto.
Afastando-te dos meus pensamentos...
E, que, num repentino açoite.
Golpeava impetuosamente meu rosto, naufragando teus encantos.
Apagando em mim tuas lembranças...
É o mesmo que agora, na minha Inquietude, quer varrer minhas lágrimas.
E como brisa, sopra ao meu ouvido o teu nome.
É o mesmo vento, agora, soprando brando, levando prá longe meus pensamentos...
Para encontrar-me com meu eu.
E escrever uma pagina nova de nós dois.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados

28 de out. de 2011

Deserto inóspito



Deserto inóspito


Nesta solidão medonha.
Meus olhos vagueiam indizíveis,
numa paisagem púrpura,
deserta.
Vagueiam numa terra inóspita!
Sem uma folha no chão.
Nesta areia escaldante e selvagem deste deserto seco e infecundo.
Tu és o calor que desnorteia no imutável sol fulgurante.
Porque,
no meu refúgio,
apenas vejo dunas móveis,
sol aos meus olhos.
Barreiras intransponíveis que, Impedem-me, vislumbrar a esplendorosa beleza do oásis.
Porque,
nos meus delírios...
o oásis nada mais é que,
miragem, imagem abstrata,
espectro.
Cactos esculpidos!
Deserto inóspito.

Irismar Andrade Santiago
Direitos Reservados